sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Depois dos navios em Portimão, um avião vai ser submerso na costa de Vian

Empresa promotora teve pareceres positivos para projecto de criação de recife artificial e parque subaquático

Promotores do projecto pretendem atrair turismo ligado ao mergulho A empresa de Viana do Castelo que pretende afundar, a duas milhas da costa, um avião, para criar um recife artificial e parque subaquático para atrair mergulhadores de todo o mundo prepara-se para avançar com o pedido de licenciamento depois de ter recebido pareceres favoráveis das várias entidades com competência na matéria.

A Costa Norte, instalada no complexo turístico da Marina espera até final do próximo ano estarem reunidas as condições para submergir a carcaça de um avião comercial ou militar, a 30 metros de profundidade, em frente à praia de Carreço. O projecto submetido a licenciamento ambiental recebeu luz verde do ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), do Instituto Nacional dos Recursos Biológicos (INRB), do IPIMAR, da Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), da Autoridade Marítima Nacional – Capitania do Porto de Viana do Castelo e, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN).O promotor, José Peixoto explicou ao PÚBLICO que a empresa está à espera de reunir a documentação necessária para avançar com o pedido de licenciamento do projecto orçado em cerca de 1,5 milhões de euros.

A iniciativa já tinha sido apresentada à Câmara Municipal e agradou ao município por vir ao encontro da aposta deste executivo de transformar Viana numa cidade náutica. Quanto à aquisição da carcaça do avião, a empresa admite que deverá ser feita no exterior, nos EUA ou na Rússia, até porque ainda não obteve resposta da Força Aérea Portuguesa para a eventual cedência de uma aeronave. 

O projecto da empresa Costa Norte, que se dedica ao turismo náutico e que tem sede em Viana do Castelo é criar na capital do Alto Minho um recife artificial com potencial para atrair praticantes de mergulho de todo o mundo. “Depois de submersa, a carcaça vai criar um ecossistema marinho totalmente novo que depois será acompanhado cientificamente, nomeadamente o desenvolvimento das novas espécies”, explicou José Peixoto.

O projecto não é inédito, nem sequer em Portugal. Ainda no final do mês passado, ao largo de Portimão, no âmbito do projecto “Ocean Revival” foram afundados, uma corveta, a Oliveira e Carmo e, um patrulha, o Zambeze, antigos navios da Marinha Portuguesa. Também a Norte a empresa de José Peixoto “quer criar um projecto de relevo mundial para criar em Viana do Castelo uma nova centralidade no turismo de mergulho para ser visitado anualmente por milhares de turistas e entusiastas do mergulho”.

O investimento foi já alvo de uma candidatura a fundos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) que recentemente teve que ser reestruturada por falta do licenciamento do recife artificial. “Como a estrutura ainda não tem licenças, a lei não permite que o projecto seja aprovado. Tivemos que dividir a candidatura inicial em duas. Uma isolada para o recife artificial e outra para os passeios turísticos e pesca desportiva”.

A nível internacional nível internacional, os exemplos mais conhecidos e bem sucedidos deste tipo de atracção turística têm origem nos EUA, na Austrália, Reino Unido, Canadá e Bulgária.Em Viana, a Costa Norte pretende ainda resgatar uma traineira naufragada na doca comercial há um ano. A Lírios do Neiva, com cerca de dez metros de comprimento, naufragou a 18 de Agosto no porto de Viana do Castelo, numa altura em que já estava bastante deteriorada. 

O barco de pesca estava apresado às ordens do Tribunal Judicial da comarca desde 2008, num processo de penhora por dívidas do proprietário. O objectivo da escola de mergulho é fazer emergir o barco de pesca e voltar a afundá-lo no mar alto para assim criar um recife artificial ao dispor dos mergulhadores.

fonte: www.publico.pt

domingo, 18 de novembro de 2012

NOVO ARROJAMENTO DE GOLFINHO MORTO EM CARREÇO




NOVO ARROJAMENTO DE GOLFINHO MORTO EM CARREÇO

A Associação de Protecção e Conservação do Ambiente - APCA, graças à prestimosa informação do carrecense Sr. Vicente, registou novo arrojamento de um golfinho morto na orla costeira da freguesia de Carreço. Este novo arrojamento verificou-se a escassos metros das conhecidas gravuras rupestres de Fornelos e, curiosamente, cerca de50 metrosa norte do local onde foi arrojada a tartaruga couro no inicio do mês.

O golfinho agora lançado pelo mar no areal de Fornelos, encaixado entre notáveis afloramentos graníticos, pertence, à família Delphinidae, espécieDelphinus delphis, vulgarmente designado por golfinho comum. Trata-se de um macho adulto com cerca de2,40 m de comprimento, apresentando alguns cortes no dorso e zona ventral resultantes, eventualmente, do embate nas rochas. O estado de decomposição, deste novo cetáceo morto no litoral vianense, indica que terá morrido entre quatro a cinco semanas atrás, coincidindo com a forte ondulação que assolou o litoral minhoto nessa altura.

Recorda-se que o Delphinus delphis é uma espécie muito sociável que ocorre em grupos, podendo reunir entre 10 e 500 indivíduos, embora no Minho os indivíduos de um grupo, raramente, ultrapassem os 20 exemplares. No espaço marítimo do noroeste ibérico, encontra-se, essencialmente, em mar aberto com mais de 180 m de profundidade, ou seja, a menos de 10 Km da costa, podendo, esporadicamente, penetrar em estuários, rias e baías abrigadas, tal como tem vindo a suceder no estuário do rio Lima. Emitem vocalizações diversas e intensas que podem mesmo ser ouvidas fora de água, durando os respectivos mergulhos entre 2 a 8 minutos, sendo igualmente conhecidos pela rapidez dentro de água e comportamento exuberante, executando com frequência saltos acrobáticos, chapões na água e numerosas brincadeiras com as barbatanas. Relembra-se que o Anexo B-IV do Decreto – Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, refere o golfinho Delphinus delphis como uma espécie animal de interesse comunitário que exige uma protecção rigorosa, por outro lado, a captura voluntária de cetáceos ou a comercialização de partes do corpo destes mamíferos marinhos constitui crime, severamente punido pela legislação portuguesa e internacional.

Embora estas últimas ocorrências sejam preocupantes assinala-se, com muito agrado, a diminuição dos arrojamentos nos últimos anos, não obstante o número de cetáceos arrojados mortos no Alto Minho, nos últimos 25 anos, entre os rios Minho e Neiva, está prestes a atingir as três centenas de exemplares. Conforme temos alertado considera-se premente a definição, por parte dos governos de Portugal e Espanha, em articulação com os pescadores locais dos dois países, de medidas de protecção dos mamíferos e répteis marinhos, no espaço marítimo do Norte de Portugal / Galiza, devendo participar neste processo a CIM Alto Minho e o Eixo Atlântico.

Afife, 17 de Novembro de 2012

A Direcção da APCA

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Golfinho e tartaruga arrojados em Afife e Carreço

A Associação de Protecção e Conservação do Ambiente - APCA, graças aos colaboradores Dimas e José Silva registou, na última semana, o arrojamento de um golfinho em Afife e de uma tartaruga em Carreço, nas cercanias das praias principais destas freguesias. As duas ocorrências inserem-se no período de maior agitação marítima que assolou a orla costeira minhota, salientando-se os arrojamentos de cetáceos (baleias), em Esposende.

O golfinho pertencente, à família Delphinidae, espécie Delphinus delphis, vulgarmente designados por golfinho comum, era um macho muito jovem com cerca de 1,0 m de comprimento, exibindo cortes na zona lombar. O estado de decomposição deste cetáceo indicia que terá morrido entre uma a duas semanas atrás, tendo sido arrojado pela forte ondulação que assolou o litoral vianense nas últimas semanas. Assinala-se com muita satisfação a diminuição dos arrojamentos nos últimos anos, não obstante o número de cetáceos arrojados mortos no Alto Minho, nos últimos 25 anos, isto é, entre os rios Minho e Neiva, está próximo das três centenas.

O Delphinus delphis é uma espécie muito sociável e ocorre em grupos, podendo reunir entre 10 e 500 indivíduos, embora no Minho os indivíduos de um grupo, raramente, ultrapassem os 20 exemplares. Emitem vocalizações diversas e intensas que podem mesmo ser ouvidas fora de água, durando os respectivos mergulhos entre 2 a 8 minutos, sendo igualmente conhecidos pela rapidez dentro de água e comportamento exuberante, executando com frequência saltos acrobáticos, chapões na água e numerosas brincadeiras com as barbatanas. No espaço marítimo do noroeste ibérico, encontra-se, essencialmente, em mar aberto com mais de 180 m de profundidade, isto é, a menos de 10 Km da costa, podendo, esporadicamente, penetrar em estuários, rias e baías abrigadas, tal como aconteceu recentemente no estuário do rio Lima.

Sublinha-se que o Anexo B-IV do Decreto - Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, refere o golfinho Delphinus delphis como uma espécie animal de interesse comunitário que exige uma protecção rigorosa, por outro lado, a captura voluntária de cetáceos ou a comercialização de partes do corpo destes mamíferos marinhos constitui crime, severamente punido pela legislação portuguesa e internacional.

Na manhã do último domingo, foi arrojada uma tartaruga cerca de 200 m a norte da praia de Carreço, nas proximidades das gravuras rupestres de Fornelos, ou seja, no início do renovado trilho da Gândara de Carreço. Tratava-se de um macho adulto, com uma carapaça com cerca de 1,62 m de comprimento, da espécie Dermochlys coriácea (tartaruga couro), a maior das tartarugas marinhas, podendo a carapaça atingir 150 a 170 cm de comprimento e um peso de 500 kg. A carapaça é única na medida em que, em vez de placas duras, é coberta por uma camada contínua de pele fina e possui uma série de sulcos longitudinais, 7 na região dorsal e 5 na face ventral.

Outras características distintivas desta espécie são a ausência de unhas, as grandes barbatanas, com cerca de 1 m nos adultos, e o reduzido esqueleto, já que muitos ossos presentes na carapaça das outras tartarugas estão ausentes nesta espécie. Nesta espécie protegida a cabeça dos adultos é pequena em relação ao comprimento da carapaça (17 a 22.3 %), sendo redonda e desprovida de placas. O bico, apesar de frágil, tem as extremidades aguçadas e a mandíbula superior apresenta a forma de “W” quando vista de frente. Os adultos possuem uma coloração negra, possuindo muitas vezes manchas brancas, distinguindo-se os machos das fêmeas, principalmente, pela cauda mais longa, por outro lado, as fêmeas, para além da cauda menor, possuem uma mancha cor-de-rosa no cimo da cabeça.

Conforme temos alertado e apesar da diminuição dos arrojamentos, nos últimos anos, o que se regista com muito agrado, considera-se premente a definição por parte dos governos de Portugal e Espanha, em articulação com os pescadores locais dos dois países, de medidas adequadas de protecção dos mamíferos e répteis marinhos, no espaço marítimo do Norte de Portugal / Galiza, devendo participar neste processo o Eixo Atlântico e a CIM Alto Minho.


*** Nota da Associação de Protecção e Conservação do Ambiente - APCA ***

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Caminhada em Carreço

Trilho do Forte de Montedor (Viana do Castelo) dia 3 de Novembro de 2012

Ponto de encontro: Castelo de Santigado da Barra (15h00) - 41°41'23"N; 8°50'10"W
Tipo de percurso: Pequena Rota
Âmbito do percurso: Paisagístico e Cultural
Grau de dificuldade: Fácil
Distância percorrida: 4 km
Duração do percurso: 3 h
Pontos de interesse: Ecossistemas dunares, “Pias Salineiras” escavadas na rocha utilizadas para a extração de sal, gravuras rupestres, moinhos de vento e Farol de Montedor




Caminhadas no Alto Minho Setembro a Novembro de 2012

A singularidade das paisagens e a genuinidade da cultura do Alto Minho associadas ao seu vasto e rico património ambiental constituem valores que viabilizaram a classificação de uma extensa área de Rede Fundamental de Conservação da Natureza, integrada pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês, pela Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos, pela Paisagem Protegida do Corno de Bico e pelos sítios de importância comunitária e zonas de protecção especial dos rios Minho e Lima, Litoral Norte e Serra d’Arga.

Este conjunto de valores ambientais, associados ao nosso clima temperado, constitui o principal atrativo para o turismo pedestre e cicloturismo que a CIM e os dez municípios do Alto Minho pretendem promover, encarando esta oportunidade como uma nova forma de olhar e explorar os territórios numa lógica de valorização económica sustentável dos recursos ambientais dos seus territórios de baixa densidade.

Neste contexto, com o objetivo de promover esta singular rede de percursos verdes do território do Alto Minho, surge a ação promocional “Alto Minho Greenways”. Esta iniciativa conjunta da CIM Alto Minho e dos municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, visa promover o turismo pedestre no Alto Minho, contribuindo para a prática regular de atividade física em espaços naturais, difundindo um maior contato das populações com a natureza e, naturalmente, aumentando a consciencialização e educação ambiental.

fonte:http://www.cim-altominho.pt