O Centro Costa Norte – Atividades Marítimas quer criar um centro de mergulho ao longo da costa de Viana do Castelo. Dentro deste projeto original, o destaque vai para a vontade que a Costa Norte tem de conseguir a submersão de um avião com 50 a 70 metros na costa vianense, a cerca de duas milhas da costa. na zona de Carreço. A ideia é criar um centro museológico subaquático, com aviões que podem vir da Força Aérea portuguesa, mas também de São Tomé e Príncipe ou dos Estados Unidos da América. A acontecer, esta será a primeira submersão de um avião em Portugal, e um dos poucos casos na Europa. Neste momento, a empresa está a tratar de comprar a “carcaça” dos aviões, para depois pedir as devidas autorizações que permitam a submersão, como explicou Francisco Ponte, da Costa Norte.
O investimento na submersão do avião será de cerca de 1,5 milhões de euros e deverá acontecer nos próximos dois anos. Para isso, o projeto vai ser candidatado ao Quadro de Referência Estratégico Nacional(QREN) e espera conseguir permissão já no próximo mês.
O responsável disse que as submersões que existem são palco de “verdadeiras romarias” de mergulhadores, curiosos para explorar os aviões afundados no mar. A empresa privada pretende ainda deslocalizar uma traineira que afundou junto ao navio Gil Eannes para um sítio onde possa ser objeto de passeios de mergulho.
O Centro Costa Norte foi criado a 14 de julho, há cerca de um mês, e é uma empresa prestadora de serviços náuticos, de desporto e lazer, certificada pelo Turismo de Portugal. Apostada em desenvolver uma área de negócio diferente em Portugal, instalou a sua sede no Cais de Viana, na zona da Marina. Outro dos objetivos da empresa é criar uma espécie de fluviário em Viana do Castelo. Este seria um investimento avaliado em 5 milhões de euros e que acolheu, desde logo, a permissão da Câmara Municipal de Viana. Este seria um edifício que pretende agregar “toda a fauna e flora das zonas do rio Minho, Lima e Cávado, e toda a costa litoral do norte de Portugal”, explicou Francisco Ponte. A ideia seria aproveitar a zona junto do navio Gil Eannes, instalando o futuro fluviário possivelmente numa das oficinas fechadas da zona ribeirinha. A empresa pretende que o edifício do fluviário identifique Viana em todo o mundo e, segundo Francisco Ponte, a ideia conseguiu uma “recetividade ótima da Câmara”. Em jeito de brincadeira, o responsável diz que seria um “fluvimar”, pois seria uma junção de fluviário com oceanário. Recorde-se que, em Portugal, apenas existe o fluviário de Mora, que consegue cerca de 400 mil visitas por ano.
A Costa Norte pertence a um empresário de Barcelos, e tem formadores específicos para a área de mergulho, credenciados pelas escolas PADI – Professional Association of Diving Instructors e na área da Pesca Desportiva. A ideia da empresa é promover a formação de mergulho, visitas de mergulho de natureza e visitas arqueológicas subaquáticas, bem como passeios de barco e hovercraftes. Pesca desportiva de alto mar, observação de cetáceos e organização de eventos desportivos são algumas das atividades promovidas pela empresa.
fonte: www.radiogeice.com