domingo, 10 de março de 2013

Freguesia de Viana só tem seis sinais de trânsito

Há mais de dois anos, foi roubada cerca de meia centena de sinais em Carreço. A junta diz não ter dinheiro para os repor.

Circular pelos arruamentos de Carreço, nos arredores de Viana do Castelo, pode ser um desafio à perícia e coragem dos automobilistas, porque só existem seis sinais de trânsito.

São os que foram recuperados aos ladrões que, em 2011, furtaram um total de 50 - sobretudo de paragem obrigatória, "Stop", e de proibição de estacionamento.

A junta de freguesia reconhece o perigo que a ausência de sinalética constitui, mas não vê como resolver o problema. O executivo liderado há 28 anos por Viana da Rocha diz não ter os mais de 10 mil euros necessários para a reinstalação dos sinais.

"Há uma dificuldade muito grande para se pôr o trânsito em ordem e vive-se um bocadinho na idade da pedra. Vai-se por tentativas. Vai-se espreitando, a ver se se pode avançar", descreveu o autarca do PSD.

O caso chegou o ano passado ao tribunal, mas sem resultados práticos, explica o presidente da junta. "Os assaltantes, dois romenos, foram apanhados em flagrante delito dentro da carrinha onde se encontravam seis sinais. Em tribunal apenas apareceu um dos indivíduos, que vivia para os lados de Braga. Foi condenado, com pena suspensa, e o outro foi julgado à revelia. O que foi condenado ficou de devolver os sinais, mas, até hoje, nada", resumiu.

Os seis sinais recuperados foram recolocados, mas o autarca admite que "é muito pouco" para garantir segurança rodoviária na freguesia.Viana da Rocha lamentou que Carreço, com 1820 habitantes, e os visitantes continuem a ser penalizados pela ausência de sinalética.

O autarca estimou em cerca de 10 mil euros o custo da recolocação da sinalização e adiantou que a Câmara de Viana do Castelo, à qual foi pedir "auxílio" económico para a intervenção, ainda não lhe deu resposta. Viana da Rocha garantiu que Carreço não é caso único no furto de sinais de trânsito e, lembrou que, em tribunal, o arguido explicou que os sinais, em zinco, e as estruturas que os suportam "eram para queimar e vender a sucateiros".

fonte: www.publico.pt