quinta-feira, 20 de março de 2014

Viana quer classificar cinco áreas do concelho como monumentos naturais locais





A Câmara de Viana do Castelo vai avançar com a classificação de cinco locais do concelho como monumentos naturais locais, numa área total de 600 hectares.

Preparada pela maioria socialista que lidera o executivo, esta proposta de classificação será levada a aprovação em reunião de Câmara, na quinta-feira, e resulta da identificação de cinco "geossítios de excecionalidade científica dos valores geológicos presentes", os quais se distribuem pela faixa litoral do concelho e no estuário do rio Lima.

Inicialmente foram identificados pelo município 17 locais como potencialmente alvo deste processo de classificação, tendo a escolha recaído sobre estas cinco as áreas.

São os casos, a norte do concelho, do "Alcantilado de Montedor" (55 hectares), das "Pedras Ruivas" (24 hectares) e da zona da praia de "Canto Marinho" (58 hectares).

A sul, esta proposta de classificação como monumentos naturais locais envolve a "Ribeira de Anha" (41 hectares) e, no estuário do rio Lima, entre as pontes Eiffel e a A28, as "Ínsuas do Lima" (422 hectares).

"Um persistente trabalho de estudo do nosso litoral e estuário ribeirinho do rio Lima, materializado por entidades científicas e investigadores, permitiu inventariar os geossítios do litoral norte, identificando um notável património que permite compreender vários aspetos da evolução geológico do território do concelho de Viana do Castelo", justifica o município, na proposta de classificação.

Segundo o mesmo documento, este tipo de processo de classificação é da competência dos municípios e visa conceder a estas áreas "um estatuto legal de proteção adequado à manutenção da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas e do património geológico, bem como à valorização da paisagem".

Os locais agora em processo de classificação estão inseridos no perímetro do Plano de Ordenamento da Orla Costeira entre Caminha e Espinho, à exceção das "Ínsuas do Lima", que são interiores à linha de costa.

Além da aprovação desta proposta pelo executivo municipal, é necessária a consulta prévia a várias entidades públicas com competências na área, como a Agência Portuguesa do Ambiente, Administração do Porto de Viana do Castelo, Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas ou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte, entre outras.

A proposta de classificação culminará com um processo de consulta pública a desenvolver pelo município.

fonte: http://radioaltominho.pt/