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Espaço de informação sobre a freguesia de Carreço (Viana do Castelo - Portugal)

terça-feira, 22 de julho de 2014

SIRC - MOSTRA DE ARTES


Publicada por redacção à(s) 00:23
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Heráldica

Brasão: escudo de vermelho, com um farol de prata, iluminado de ouro e realçado de negro, movente da campanha ondada de prata e verde, acompanhado à dextra de uma harpa de ouro e à sinistra de uma armação de moinho de pás de madeira de ouro; brocante sobre o ondado, uma maceira de ouro realçada de negro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "CARREÇO - VIANA DO CASTELO".

Bandeira: verde. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.

Selo: nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Carreço - Viana do Castelo".

PATRIMONIO

PATRIMONIO

Farol de Montedor

O Farol de Montedor foi construído sobre os restos de um povoado castrejo da Idade do Ferro, comprovado pelo aparecimento de vários vestígios de cerâmica, tégula e parte de um moinho manual de grandes dimensões.

O farol de Montedor faz parte do conjunto de faróis planeados pelo Marquês de Pombal, mas que só viriam a dar luz no início do século XX. O marquês tencionava transformar o promontório de Montedor numa porta de entrada da costa Norte do país. No entanto, os seus planos não foram avante. O farol só foi edificado no final da Monarquia, no dia 20 de Março de 1910, 152 anos depois do alvará pombalino que autorizava a sua construção. Estrutura em pedras de granito, encimada por uma cúpula vermelha, este é hoje considerado um dos mais bonitos faróis do país. Para além da missão de auxílio à navegação, o farol de Montedor assumiu também um papel de protector da região, devido à sua estrutura sólida, semelhante a um edifício de características militares. A sua luz cruza-se com a sinalização luminosa dos faróis da Ria de Vigo e do Rio Douro. Os seus dois relâmpagos brancos têm um alcance de 22 milhas marítimas, ou seja, cerca de 41 quilómetros. O lugar de Montedor pertence à freguesia de Carreço, onde se encontra uma das mais bonitas e tranquilas praias do concelho de Viana do Castelo, a praia do Carreço. Um pouco mais para Norte, vale a pena conhecer a praia do Paçô e a praia de Afife, esta última conhecida pela sua competição anual de surf e bodyboard mas, por isso, também mais frequentada. Património edificado, o farol faz parte da vida e da cultura desta localidade, servindo de mote, por exemplo, a várias manifestações folclóricas, como prova a seguinte quadra popular: “Ò Farol de Montedor/Alumia cá p’ra baixo/ Eu perdi o meu amor/Às escuras não o acho”. A sua envolvente é de uma beleza notável, valendo ainda a pena visitar o Fortim de Montedor, um forte militar do século XVII que, embora em estado devoluto, conserva ainda a sua curiosa construção em forma de estrela. Destaque ainda para os três moinhos de vento existentes nesta localidade, classificados como Imóveis de Interesse Público. A localidade do Carreço faz ainda parte do roteiro arqueológico da zona. A par de alguns monumentos megalíticos, foram também já aí encontrados vários vestígios de interesse entre a praia e a povoação, que apontam para uma ocupação paleolítica.

O farol de Montedor foi construído pela casa Barbier, Bénard & Turrene e projectado pelo engenheiro José Ribeiro de Almeida em 1908

O farol de Montedor, o mais setentrional da costa continental portuguesa, viu a sua construção repetidamente adiada, embora desde cedo se fizesse sentir a sua necessidade.

O alvará da Junta Geral da Fazenda de 1 de Fevereiro de 1758, incluía-o entre os seis faróis que mandava edificar: Berlengas, Nossa Senhora da Guia, Fortaleza de São Lourenço (Bugio), São Julião da Barra, barra do Porto e costa de Viana.

A verdade, porém, é que, apesar de constarem deste alvará, nem a construção do farol de Montedor nem a de outros viria a concretizar-se, razão pela qual um decreto de 12 de Dezembro de 1826 determina, novamente, que se proceda à construção dos faróis de Montedor, das Berlengas do Cabo de São Vicente, do Cabo de Santa Maria e do Cabo Mondego.

No entanto, a concretização definitiva do projectado farol só começa a adquirir contornos nítidos no seio de uma Comissão designada por portaria de 1902. Esta Comissão, presidida pelo Capitão-de-mar-e-guerra Joaquim Patrício Gouveia e integrando o capitão-de-fragata Júlio Zeferino Schultz Xavier e o primeiro-tenente Francisco Aníbal Oliver, vem finalmente, na sessão de 9 de Julho de 1903, a determinar a localização e o equipamento a instalar em Montedor.

Ultimado em 1908 e orçado em vinte e dois contos de reis, a edificação viria a concluir-se a em 1910, tendo o farol - 28 metros de altura (103 metros de altitude), entrado em funcionamento a 20 Março, conforme reza o Aviso aos Navegantes nº 2, de 22 de Fevereiro de 1910.

O aparelho óptico montado tinha estado instalado no farol de S. Vicente e é um aparelho lenticular de Fresnel de 3ª ordem, grande modelo (500mm de distância focal), dando 3 relâmpagos brancos. O aparelho iluminante é um candeeiro a petróleo de nível constante de quatro torcidas, produzindo-se a rotação da óptica através da máquina de relojoaria.

Em 1917 um grande furacão partiu vidros, arrombou portas e destelhou casas, provocando enormes estragos no farol.

Foi equipado com um sinal sonoro em 01 de Janeiro de 1919.

Em 1926 foi tapado um painel do aparelho óptico, passando o farol a emitir dois relâmpagos em vez de três, para não dar azo a confusões com o farol de Leça.

A fonte luminosa em 1936 passou a ser a incandescência pelo vapor de petróleo.
Foi construída uma casa para o rádiofarol em 1939 e instalado o radiofarol em 1942 (desactivado em 2001 por ter perdido o interesse para a navegação).

O farol foi ligado à rede eléctrica de distribuição pública em 1947, passando a utilizar uma lâmpada de 3000W. O terreno pertencente ao farol até aí sem qualquer vedação, foi vedado com muros.

Em 1952 foi desmontado o sinal sonoro a ar comprimido e montada uma sereia eléctrica. O sinal sonoro retirado, foi montado no farol da Nazaré.

A sereia eléctrica que até então estivera montada numa base em cima de dois postes junto à casa de inspecção, foi transferida para uma estrutura construída junto ao mar em 1960.
A potência da fonte luminosa foi reduzida em Março de 1983, sendo instalada uma lâmpada de quartzline de 1000W.

A 04 de Dezembro de 1987, o farol foi automatizado, tendo sido equipado com um novo sinal sonoro.

Forte de Paçô

Forte de Paçô

Imóvel Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público

Durante as Guerras da Restauração, entre 1640 e 1668, foi delineada uma linha defensiva ao longo da costa atlântica para impedir eventuais ataques da armada espanhola. Na região do Alto Minho foram remodeladas diversas fortificações já existentes, como o forte da Santiago da Barra, na foz do rio Lima em Viana, ou o forte da Ínsua, em Caminha, fronteiro à margem galega do Minho. Ao mesmo tempo eram construídas novas fortalezas integradas nesta linha defensiva, para reforçar a defesa daquela zona da costa, bastante permeável.

O Forte de Paçô, ou Fortim de Montedor, foi construído nessa época, reforçando o fogo defensivo dos fortes da Areosa e do Cão. Desconhece-se a autoria do projecto da fortaleza, no entanto a estrutura apresenta evidentes semelhanças com o forte da Areosa.

De pequenas dimensões, o Fortim de Montedor desenvolve-se em planta estrelada, com quatro baluartes desiguais. A face voltada ao mar é de forma curva, a face oposta é côncava; nesta foi inscrito o pórtico do forte, em arco de volta perfeita. No seu interior o espaço foi dividido em pequenos compartimentos, formando um corredor no centro da praça.

A importância defensiva do Fortim de Montedor manteve-se ao longo das centúrias seguintes, tendo um papel preponderante tanto durante as Invasões Francesas como nas lutas liberais de meados do século XIX.

Em 1983 o forte passou para a alçada da Região de Turismo do Alto Minho, passando a ser equacionado o aproveitamento turístico e cultural do espaço. No ano de 1995 foi elaborado um projecto da autoria do arquitecto Luís Teles para adaptação do forte a restaurante, posteriormente substituído por outro projecto, do mesmo arquitecto, para instalar em Montedor um centro de interpretação e de apoio a percursos ambientais. Actualmente o imóvel está a ser objecto de acções de conservação e restauro.

Catarina Oliveira

IPPAR/2004

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email:

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Carreço 1963

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